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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Coisa comum


Consumismo tem tratamento

Sabe quando você vê aquela peça única na vitrine e você tem de ter? Porque é assim? Ontem após a aula de Psicologia do consumidor que estou tendo em meu MBA, fiquei pensando... Desde pequenos somos bombardeados com tanta informação, marcas, estímulos para compras. Se você leitor tem uns 22 anos como eu, ou mais, vai se lembrar da propaganda da tesoura do Mickey: “eu tenho, você não tem!”. Ou aquele mantra do chocolate batom: “Compre batom” ... Hoje, não queremos mais tesourinhas ou chocolates... Queremos carros, celulares, computadores, roupas. Tudo isso para nos encaixarmos em uma tribo, fazer parte de algo. Como diz minha sabia professora Carol: “Tirando tudo: carros, marcas, roupas, relógios, o que nós somos? O cara não é nada sem marcas no mundo de hoje”. Um exemplo de hoje é o Ford Fusion: “para quem fez por merecer”. A propaganda inicial dele é um jovem que começa a batalhar e vira dono do negócio e o Ford Fusion representa essa conquista. Ou seja, hoje preciso de objetos para mostrar o quanto eu conquistei na vida.

As propagandas, revistas, produtos de beleza, os manequins das roupas de marca fazem com que as meninas queiram emagrecer, ter aparência sexy, colocar silicone, se tornam anoréxicas, tem bulimias. Lembra quando a calça 42 era enorme? Hoje parece que a 38 foi feita para sua filha de 11 anos. Mas a culpa não é toda da mídia ou de lojas. Segundo a Discovery Home & Health 99% dos distúrbios em adolescentes são culpa dos pais. Não sei quanto de vocês já viram o filme “Delírios de Becky Bloom”, a mãe da protagonista não deixa a filha ter coisas de criança, priva a criança a “sapatos marrons” como é definido no filme. Quando a menina cresce a primeira providencia é arrumar cartões de crédito e consumir tudo que quiser. Vira uma consumista, mente para os pais, amigos, arranja desculpas para suas compras e vive correndo de credores.

Marcas são boas, afinal a diversidade é uma coisa boa, temos de ter opções. O que não é bom é escutar o capitalismo, ou seja, se deixar levar pela indústria da beleza e querer se tornar uma modelo de revista (uma dica, nem elas são do jeito que aparecem nos comerciais existe um milagre hoje chamado photoshop e outros chamados botox, lipo... assim vai!). E não se deixar levar pelas marcas, comprar somente o que está dentro de nossos padrões com tanto bombardeio de propagandas é difícil, mas o mais difícil é sair do buraco das dividas.

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